É difícil pensar no tempo como uma linha fácil de mensurar. Odiaria ter que me conformar que viver neste mundo é só uma sequência de acontecimentos aleatórios. Mas admitiria facilmente que esta vida é o desenho que dela fazemos. Resolvi então parar de tentar definir qualquer sentido que cabe a duração das coisas e me concentrar na dimensionalidade terceira dessa era corrida que vivemos, e assim tentar achar lugares onde cada objeto pudesse repousar ou rodopiar. Às vezes, quando escrevo coisas na internet, tenho a impressão de que podem entrar dentro da minha cabeça. Mas não percebo que essa janela também está aberta quando assisto aos telejornais ou quando minha amiga lê as coisas que escreveu para mim.