Num endereço eletrônico, num conjunto de páginas da web, hospedo uma informação traduzida em termos não-binários, mas tampouco simples de decodificar para intelectos de dois cilindros (pegando emprestada uma expressão de Adrian Piper).
Estou me concentrando ao máximo para expor o significado da coisa em si, mas até agora eu não sei que coisa é essa que pode ter os seus contornos tão definidos. Mesmo que eu pudesse ser capaz de dizer a forma do meu desejo, ainda sim seria como sair vomitando vocábulos, como disse em outro texto, também apresentado em arial 11 automático justificado.
Voltando a descrição dessa tridimensionalidade… O que é um site? Lugar onde a obra está acontecendo. Transmitindo parte dele para quem acompanha de longe, para a virtualidade, o non-site, objeto que foi tirado do real, fotografado, uploadado em um computador, viaja para uma página da web que surgiu por um fundo branco, imagem em pixels, e pronto, o prefixo de negação já deixa de fazer sentido. Mas isso é como as coisas são agora, à distância.